
Empresas brasileiras monitoram o tráfego e a navegação dos funcionários
- Luiz Gomes
- 16 de maio de 2016
- De olho na lupa
- detetive, detetive particular, detetives, Empresas, espionagem, monitoramento, redes sociais
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Monitorar por onde navegam os funcionários quando estão na internet é prática comum nas empresas brasileiras. Ou assim demonstra a pesquisa TIC Empresas, divulgada nesta segunda, 16/5, pelo Cetic.br, o braço de estudos e pesquisas do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Na verdade, quanto maior o porte da empresas, maior a possibilidade de que o uso da internet seja vigiado. Na média, 35% das empresas monitora o tráfego de dados e 43% os sites visitados, sendo que essa é a mesma proporção das empresas que impedem acesso a determinado tipo de conteúdo.
Entre os sites bloqueados, pela ordem, destacam-se os pornográficos (73% bloqueiam), de jogos (65%), redes sociais (52%), download de arquivos (49%), portais de entretenimento, notícias ou esportes (43%), e-mail pessoal (37%) e serviços de comunicação (36%).
Esses números variam bastante à medida que o porte das empresas aumenta. Assim, enquanto 38% das empresas com até 49 funcionários monitora a navegação, o percentual sobe para 58% naquelas com 50 a 249 empregados e para 73% das com mais de 250 funcionários.
Da mesma forma, o uso de medidas como o bloqueio a certos sites também cresce conforme o porte do empregador. Assim, 81% das grandes empresas bloqueiam acesso a redes sociais, prática adotada em 48% daquelas com menos de 50 funcionários.
Por sua vez, pouco mais da metade, ou 51% das empresas, possui conta própria em redes sociais. Mas enquanto o uso de websites praticamente estacionou em 57% das empresas, desde 2012, as redes sociais parecem estar ganhando adeptos ano a ano. Entre 2012 e 2015, o percentual daquelas com perfil próprio subiu de 36% para os mencionados 51%.
Para o gerente do Cetic.br., Alexandre Barbosa, isso se deve a maior facilidade dessas novas aplicações. “As redes sociais podem representar um obstáculo menor para as pequenas empresas, se comparada aos websites e outras ferramentas de comunicação on-line. Em 2014, por exemplo, 11% delas tinham perfil em rede social e não tinham e-mail, enquanto em 2015, essa proporção foi de 18%”, diz ele.
Ainda assim, enviar e-mails é a atividade que as empresas mais adotam na rede (99%), seguido por buscar informações sobre produtos ou serviços (94%), e fazer pagamentos, transferências e consultas bancárias via Internet banking (88%). A lista segue com monitoramento de mercado (75%), e-gov (70%), mensagens instantâneas (62%), oferecer informações aos consumidores (60%), recrutar pessoal (43%), entregar produtos ou serviços digitais (43%).
Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=42415&sid=4&utm_medium=facebook&utm_source=twitterfeed