Tecnologia x Segurança da Informação: entenda diferenças e como atuar na área com demanda crescente no Brasil
Quase 70% das empresas no Brasil sofreram algum ataque cibernético com sequestro de dados em 2022, segundo relatório anual The State of Ransomware da Sophos, empresa global especializada em cibersegurança. O total de registros em 2022 foi 13% superior aos do ano anterior, de acordo com a sondagem, que entrevistou líderes de empresas de médio porte em 14 países, incluindo 200 organizações no Brasil. Entre as empresas brasileiras, 68% reportou ter sido vítima de ataque.
Em meio a procura por melhores ferramentas de cibersegurança no Brasil, cresce a busca por profissionais que possam lidar com o problema. Segurança da Informação, segundo especialistas, é uma área que salta em frente a outras com a demanda.
“A crescente digitalização das empresas, a expansão do comércio eletrônico, a adoção de tecnologias em nuvem e a conscientização sobre a importância da proteção de dados seguirão contribuindo para a demanda por profissionais qualificados em ambas as áreas”, explica Maria Sartori, diretora associada da Robert Half, empresa de soluções para recursos humanos. Um gerente da área, por exemplo, pode chegar a ganhos mensais de R$ 45,2 mil.
- O que é Segurança da Informação?
Segundo Maria, Segurança da Informação pode ser definido como um conjunto de práticas, políticas, procedimentos e tecnologias adotadas por organizações para proteger seus sistemas, dados e informações sensíveis contra ameaças, ataques cibernéticos e outras vulnerabilidades.
- Quais cargos existem no Brasil nessa área e qual a média salarial deles?
No mercado de Segurança da Informação no Brasil, existem diversos cargos com diferentes níveis de responsabilidade e especialização. Alguns destaques são: Gerente de Segurança da Informação, Coordenador de Segurança da Informação, Analista de DevSecOps, Pentester, Especialista de GRC (Gestão de Riscos e Compliance) e Analista de GRC
Em seu Guia Salarial, a Robert Half apresenta faixas salariais por cargo, determinadas pelo nível de qualificação e experiência do candidato, bem como pela complexidade de seu cargo ou indústria e setor de atuação:
- Gerente de Segurança da Informação – R$ 23,1 mil a R$ 38, 7 mil;
- Coordenador de Segurança da Informação – R$ 17,3 mil a R$ 23,7 mil;
- Analista de DevSecOps – R$ 14,6 mil a R$ 24,5 mil;
- Pentester – R$ 13, 4 mil a R$ 18,4 mil;
- Especialista de GRC (gestão de riscos e compliance) – R$ 14,7 mil a R$ 22,6 mil;
- Analista de GRC – R$ 11,8 mil a R$ 18,5 mil.
Considerando cargos c-level, um CSO (Chief Security Officer) pode ganhar até R$ 45,2 mensais. “Em situações excepcionais, profissionais altamente qualificados e experientes podem obter remunerações ainda mais elevadas, especialmente em multinacionais de grande porte ou setores estratégicos”, explica Maria.
- Que tipo de cursos e especializações são interessantes para entrar nessa área?
Entender e buscar certificações reconhecidas, como PCI, ISO 27001 – 27002, NIST, CIS e Ethical Hacker são recomendações da especialista da Robert Half. “Também é interessante fazer cursos e especializações que abordem temas como: cibersegurança e proteção de dados, administração de redes e sistemas, gerenciamento de riscos e compliance, ethical hacking, criptografia e segurança em cloud computing. Além disso, desenvolver fluência em um segundo idioma, especialmente o inglês, é fundamental”, completa.
- Quais as atribuições do cargo e quais as diferenças para o cargo de TI?
Débora compara as áreas de Tecnologia da Informação (TI, mais conhecida no Brasil), e a Segurança da Informação com áreas interrelacionadas, mas diferentes em termos de foco e responsabilidades.
“Enquanto a TI busca garantir que a infraestrutura e os sistemas de uma organização estejam operando corretamente, a Segurança da Informação garante que esses sistemas e dados sejam mantidos seguros. Por isso, profissionais de Segurança da Informação frequentemente colaboram com equipes de TI para garantir que as soluções tecnológicas sejam não apenas operacionais, mas também seguras”, diz a especialista da Luandre RH.
Fonte: Isto é Dinheiro
